Papéis

Papéis da Prisão: apontamentos,
diário, correspondência (1962-1971)

2015 | Lisboa: Caminho-Leya

A obra pode ser adquirida aqui.

O processo de escrita de Papéis da Prisão tem como termos cronológicos e fronteiras espaciais a entrada no Pavilhão Prisional da PIDE em São Paulo, Luanda (1961) e a saída do Tarrafal (1972). Em centenas de folhas manuscritas o autor anotou a sua visão do cárcere como um observatório excecional da variedade da nação angolana, manifestou os seus projetos políticos e literários, evidenciou o projeto comunitário de uma Angola em resistência coletiva e expressou as angústias e sonhos pessoais.

Fazem ainda parte deste livro um estudo introdutório, “Papéis críticos avulso”, uma entrevista com o autor realizada por Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi e um estudo da cronologia e espacialidade da obra de José Luandino Vieira a partir dos Papéis realizado por Mónica V. Silva. Os mapas disponibilizados são de Nuno Simão Gonçalves. 

Em 2022, saiu a primeira tradução dos Papéis da Prisão, de José Luandino Vieira em italiano, sob o título Scritti dal Carcere – Quaderni di un Anticolonialista Angolano, pela editora Meltemi. A versão traduzida é mais curta que o original. A tradução é de Elisa Scaraggi, com uma introdução de Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi. O financiamento é da DGLAB/ Cultura e Camões, IP – Portugal e ACEL e da Cátedra Eduardo Lourenço, Alma Mater Studiorium Università di Bologna. Esta tradução está integrada num projeto mais vasto que inclui o espanhol, através da Cátedra Fernando Pessoa (Universidade de Los Andes) e o inglês, através da Cátedra D. João II (Universidade de Oxford).